Esta posição consolida o eixo Moscovo-Teerão em oposição às potências ocidentais.
Numa conversa telefónica, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e do Irão, Abbas Araqchi, concordaram que os países europeus signatários do acordo nuclear de 2015 se privaram do direito de recorrer ao mecanismo de restauração de sanções, conhecido como 'snapback'. A declaração conjunta surge numa altura em que a Alemanha, o Reino Unido e a França ameaçam acionar as sanções se não houver uma solução negociada para o programa nuclear de Teerão.
O apoio diplomático de Moscovo é visto como crucial para o Irão, que lamenta que os países europeus tenham "abandonado o país à sua sorte" após a saída unilateral dos EUA do acordo em 2018.
Este alinhamento não se limita à diplomacia; reflete uma parceria estratégica mais ampla que inclui cooperação militar, com implicações diretas para a guerra na Ucrânia, onde a Rússia tem utilizado drones de fabrico iraniano.
A frente comum entre Moscovo e Teerão visa criar um contrapeso às pressões ocidentais e desafiar a ordem internacional liderada pelos EUA e seus aliados.