A ofensiva, que ocorreu num momento de intensificação dos esforços diplomáticos para a paz, foi amplamente interpretada como uma demonstração de força e uma rejeição das vias negociais. Na madrugada de 28 de agosto, a capital ucraniana foi alvo de um bombardeamento massivo com 629 drones e mísseis, que resultou na morte de pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro crianças, e deixou mais de 50 feridos. O ataque atingiu indiscriminadamente áreas residenciais e infraestruturas civis, danificando cerca de uma centena de edifícios.
Entre os alvos atingidos encontravam-se as instalações da delegação da União Europeia e do British Council, um ato que viola as convenções internacionais sobre a proteção de missões diplomáticas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscovo de optar por "continuar a matar" em vez de negociar, sublinhando que o ataque foi uma "resposta clara a todos aqueles que, durante semanas e meses, apelaram para um cessar-fogo e para uma verdadeira diplomacia". A ofensiva surge num contexto de iniciativas de paz lideradas pelos Estados Unidos, que incluíram encontros entre o Presidente Donald Trump e líderes russos e ucranianos.
O Kremlin, por sua vez, manteve a sua narrativa oficial, afirmando que as suas forças visam exclusivamente "alvos militares e paramilitares" e que continua interessado em alcançar os seus objetivos por "meios políticos e diplomáticos", uma declaração recebida com profundo ceticismo pela comunidade internacional.