Embora represente uma aparente moderação nas exigências territoriais, a proposta continua a ser fundamentalmente inaceitável para Kiev.
De acordo com informações divulgadas pela agência Reuters, a nova proposta de Putin difere da sua posição de junho de 2024, quando exigia a cedência das quatro regiões ucranianas que anexou ilegalmente (Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia). Agora, o foco territorial estaria concentrado nas províncias de Donetsk e Luhansk, que compõem a região industrial do Donbass.
Em troca, a Rússia estaria disposta a paralisar os conflitos em Kherson e Zaporizhzhia e a devolver pequenas porções de território que controla noutras regiões.
No entanto, as outras duas condições — a neutralidade e a ausência de tropas estrangeiras — permanecem inalteradas e constituem as principais preocupações de segurança de Moscovo.
O Presidente Volodymyr Zelensky tem reiterado firmemente que não aceitará qualquer cedência de território reconhecido internacionalmente como ucraniano, considerando o Donbass uma "fortaleza" crucial para a "sobrevivência do nosso país".
A proposta russa surge no contexto das tentativas de mediação do Presidente dos EUA, Donald Trump, mas a distância entre as posições de ambos os lados permanece abissal.