A ofensiva resultou num número significativo de vítimas civis e demonstrou uma escalada da violência por parte de Moscovo, ocorrendo em plena fase de esforços diplomáticos. A ofensiva, descrita como o segundo maior ataque a Kyiv desde o início da invasão, envolveu, segundo a Força Aérea ucraniana, 598 'drones' e 31 mísseis de diferentes tipos.
Os ataques atingiram dezenas de locais, incluindo edifícios residenciais, um centro comercial e infraestruturas elétricas, causando a morte a mais de 25 pessoas, incluindo crianças, e ferindo dezenas de outras. De forma significativa, a onda de choque dos bombardeamentos danificou severamente as instalações da delegação da União Europeia em Kyiv, um ato que gerou condenação internacional imediata. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu a ofensiva como um "assassinato horrível e deliberado de civis", afirmando que a Rússia "escolhe os mísseis balísticos em vez da mesa de negociações".
Por seu lado, o Ministério da Defesa russo alegou que os ataques visaram exclusivamente "empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas na Ucrânia" e que "todos os alvos designados foram atingidos".
A brutalidade e a escala do ataque foram vistas pelos líderes ocidentais como uma demonstração clara de que a Rússia não está interessada numa solução pacífica, minando as tentativas de mediação lideradas pelos Estados Unidos.