Esta posição, no entanto, enfrenta oposição legal da Hungria, que processou a UE pela decisão. A Alta Representante da UE, Kaja Kallas, foi categórica ao afirmar: "É impensável que a Rússia algum dia veja este dinheiro, a não ser que recompense a Ucrânia pela destruição que provocou".

A estratégia do bloco passa por canalizar os juros e lucros gerados por estes bens, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), para financiar a recuperação económica e o reforço militar da Ucrânia.

Esta medida insere-se num esforço mais amplo de pressão económica sobre Moscovo, que inclui a preparação de um 19.º pacote de sanções.

No entanto, a unidade europeia é desafiada pela Hungria.

O governo de Viktor Orbán interpôs um processo no Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) contra esta decisão, argumentando que a exclusão de Budapeste da votação sobre o tema "vulnerabilizou-se o princípio da igualdade entre os Estados-membros" e que o direito de voto foi retirado "sem fundamento jurídico e de maneira injustificada". A ação legal da Hungria representa um obstáculo significativo e expõe as profundas divisões dentro da UE sobre como lidar com a Rússia.