Embora Moscovo negue qualquer envolvimento, o episódio intensificou as preocupações sobre a guerra híbrida russa na Europa.

O incidente ocorreu no domingo, quando o avião se preparava para aterrar no aeroporto de Plovdiv.

A tripulação foi forçada a aterrar utilizando mapas em papel, após o sistema de navegação ter sido alegadamente neutralizado.

Fontes da Comissão Europeia e das autoridades búlgaras indicaram suspeitar de "uma interferência flagrante perpetrada pela Rússia".

O Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, classificou a informação como "incorreta".

A reação oficial búlgara foi dividida: o primeiro-ministro, Rosen Zhelyazkov, desvalorizou o caso, considerando-o uma "consequência colateral, mas insignificante" da guerra e afirmando que "não há razão para investigá-lo".

Contudo, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, declarou que a Aliança encara o episódio com "grande seriedade", como parte de uma campanha russa de ameaças híbridas.

A preocupação foi ecoada pelo inspetor-geral das Forças Armadas alemãs, Carsten Breuer, que revelou ter vivido pessoalmente uma situação semelhante.

Em resposta a estes incidentes, o governo italiano está a considerar classificar os voos de Estado como secretos para limitar a sua visibilidade em plataformas de rastreamento públicas.