No entanto, a sua firme oposição à entrada de Kiev na NATO permanece como o principal obstáculo a qualquer progresso diplomático.

Durante uma visita à China, Vladimir Putin procurou apresentar uma postura mais conciliadora, afirmando que a Rússia "nunca nos opusemos à adesão da Ucrânia à UE", traçando uma distinção clara com a sua oposição à expansão da NATO, que considera uma ameaça existencial.

Esta declaração foi recebida com ceticismo pela Ucrânia, que defende o seu direito soberano de decidir as suas alianças.

Putin acrescentou ser possível "chegar a um consenso" sobre garantias de segurança para a Ucrânia, mas sublinhou que estas não podem comprometer a segurança da Rússia.

Estes comentários surgem num momento em que a administração norte-americana de Donald Trump tenta, sem sucesso até ao momento, mediar um encontro entre Putin e Volodymyr Zelensky.

A duplicidade de sinais de Moscovo — que combina uma retórica apaziguadora com uma escalada militar no terreno, como o recente ataque massivo a Kiev — leva os líderes europeus a questionar a sinceridade das suas intenções e a ver as suas declarações como uma tática para dividir os aliados ocidentais ou ganhar tempo.