A discussão revela, no entanto, divergências sobre o formato e a liderança da iniciativa, com a Alemanha a preferir um enquadramento fora da União Europeia.
Uma reunião da "Coligação dos Dispostos", um grupo de cerca de 30 países, está agendada para quinta-feira em Paris para confirmar que os aliados europeus estão "prontos" para conceder garantias de segurança a Kiev. A Presidência francesa sublinhou que se espera um "apoio concreto dos americanos", considerado essencial antes de qualquer compromisso.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu apoiar os europeus, sugerindo ajuda em áreas como informações e logística, mas descartando o envio de tropas terrestres. No entanto, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou em entrevista que a Europa está a trabalhar em "planos bastante precisos" para o envio de "dezenas de milhares de militares europeus" para a Ucrânia num cenário de pós-guerra, uma declaração que gerou controvérsia.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, demarcou-se desta posição, defendendo que as garantias devem ser enquadradas pela "Coligação dos Dispostos" e não pela UE, argumentando que o apoio militar "é do domínio exclusivo dos Estados-membros" e de outros parceiros como o Reino Unido. Esta posição foi ecoada pelo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que criticou as declarações de von der Leyen.