O encontro visa reforçar uma visão multipolar do mundo, num contexto de crescentes tensões geopolíticas.
O encontro, que teve lugar em Tianjin, na China, foi visto por Bruxelas como um sinal preocupante.
A alta-representante da UE, Kaja Kallas, afirmou que a reunião envia "sinais anti-ocidentais".
A OCX, composta por países como China, Rússia, Índia, Irão e Paquistão, representa quase metade da população mundial e tem-se afirmado como um contrapeso estratégico à NATO e ao G7. Para a UE e os Estados Unidos, a aproximação entre Pequim, Moscovo e Nova Deli representa um desafio duplo: por um lado, reforça a frente diplomática da Rússia em plena guerra na Ucrânia; por outro, concede à China maior margem para projetar a sua influência global.
A participação da Índia é particularmente notada, dado que o país mantém relações estratégicas tanto com a Rússia como com o Ocidente, especialmente com os EUA.
A cimeira da OCX e a cooperação reforçada entre os seus membros são vistas como um passo significativo na construção de uma ordem mundial multipolar, alternativa à liderada pelo Ocidente desde o fim da Guerra Fria.