A União Europeia iniciou os trabalhos para um novo pacote de sanções contra a Rússia, numa ação coordenada com os Estados Unidos para aumentar a pressão económica sobre o Kremlin. A iniciativa visa limitar ainda mais a capacidade de Moscovo para financiar a sua guerra de agressão contra a Ucrânia, através de medidas diretas e indiretas.\n\nO presidente do Conselho Europeu, António Costa, confirmou que "o trabalho sobre o novo pacote de sanções começou em Bruxelas" e que uma equipa europeia se deslocou a Washington para alinhar posições com os parceiros norte-americanos. O objetivo é aplicar sanções que afetem a máquina de guerra russa, tanto através de restrições diretas a setores económicos e indivíduos, como através de medidas secundárias que visem países terceiros que auxiliem a Rússia a contornar as sanções existentes.
Paralelamente a estas discussões mais amplas, a UE continua a aplicar medidas punitivas específicas.
Recentemente, sancionou dois altos funcionários do serviço penitenciário russo na Crimeia, Vadim Bulgakov e Aleksei Pikin, por violações sistemáticas dos direitos humanos contra presos políticos.
Esta abordagem dupla, combinando sanções económicas de grande escala com medidas direcionadas a indivíduos responsáveis por abusos, reflete a estratégia contínua do Ocidente para isolar e penalizar a Rússia em múltiplas frentes, mantendo a pressão económica como um dos principais pilares do apoio à Ucrânia.
Em resumoA preparação de um novo pacote de sanções, em estreita colaboração com os EUA, sinaliza a determinação ocidental em manter a pressão económica sobre a Rússia. A eficácia destas medidas dependerá da sua abrangência e da capacidade de impedir que Moscovo encontre rotas alternativas para financiar o seu esforço de guerra.