O anúncio, feito pela chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, representa um marco significativo no apoio militar contínuo do bloco a Kiev.
Num debate no Parlamento Europeu, Kaja Kallas especificou que os Estados-membros já forneceram 1,6 milhões de projéteis, demonstrando um esforço concertado para acelerar a produção e a entrega de material bélico essencial para a defesa ucraniana.
Este apoio logístico insere-se num quadro financeiro muito mais vasto, com a UE a ter mobilizado “quase 169 mil milhões de euros de apoio financeiro, incluindo 63 mil milhões em ajuda militar” desde o início da invasão russa. Kallas destacou ainda que, só para o ano corrente, os Estados-membros preveem enviar um valor recorde de 25 mil milhões de euros em assistência militar. A concretização desta meta de fornecimento de munições é crucial, dado que a guerra na Ucrânia se caracteriza por uma intensa utilização de artilharia. A capacidade da Ucrânia para suster a sua defesa e contra-atacar depende diretamente da continuidade deste fluxo de abastecimento.
O progresso alcançado reflete a adaptação da indústria de defesa europeia e a vontade política dos 27 em manter um apoio robusto e tangível a Kiev, traduzindo os compromissos políticos em capacidades militares efetivas no terreno.