O aviso ganhou urgência após um incidente com o avião da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que perdeu temporariamente a navegação sobre a Bulgária. O ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, Kęstutis Budrys, classificou o episódio com o avião de von der Leyen como “a ilustração mais clara desta ameaça”, insistindo que não se trata de incidentes isolados, mas de “ações sistemáticas que comprometem o tráfego civil aéreo, marítimo e terrestre”. A Lituânia, juntamente com outros países bálticos, tem reportado um aumento significativo de interferências, com mais de mil aeronaves e 33 navios a registarem perturbações só em agosto. As fontes de interferência, localizadas na região de Kaliningrado, aumentaram de três para 29 no último semestre, com um raio de alcance que pode afetar cidades tão distantes como Berlim.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, corroborou a gravidade da situação, afirmando que “todo o continente está sob ameaça direta da Rússia” e que a Aliança está a trabalhar “dia e noite para contrariar esta ameaça”.
Apesar da gravidade, o caso gerou versões contraditórias, com as autoridades búlgaras a recuarem e a negarem evidências de interferência russa, o que evidencia a dificuldade em atribuir e responder a este tipo de ataques híbridos.
Vilnius apela a uma resposta coordenada da UE, incluindo sanções e investimento em tecnologias resilientes.