A presença de Vladimir Putin e Kim Jong-un ao lado de Xi Jinping na parada militar chinesa foi carregada de simbolismo.
A alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, afirmou que o encontro envia “sinais anti-ocidentais” e representa um desafio à ordem baseada em regras.
A perceção de uma frente unida entre as três potências nucleares foi reforçada pelas declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que acusou os três países de “conspirarem” contra os Estados Unidos.
O Kremlin respondeu a esta acusação com desdém, descrevendo-a como “ironia”.
Este alinhamento é visto por analistas como a materialização do “novo conflito sistémico entre as democracias liberais e um eixo de autocracias”, uma expressão usada pelo chanceler alemão, Friedrich Merz.
A demonstração de poder militar e unidade política em Pequim visa projetar força e solidariedade face à pressão ocidental, aprofundando a fratura geopolítica global e sinalizando uma coordenação estratégica crescente entre Moscovo, Pequim e Pyongyang em oposição aos interesses dos EUA e da Europa.