A estratégia passa por aumentar as importações de Gás Natural Liquefeito (GNL) americano, embora enfrente a oposição de alguns Estados-membros.\n\nO comissário europeu da Energia, Dan Jorgensen, manifestou confiança num acordo “muito em breve” para cessar a importação de energia russa, incluindo gás, petróleo e nuclear, até 2027. Esta iniciativa surge no seguimento de um acordo comercial UE-EUA que prevê a compra de 750 mil milhões de dólares em produtos energéticos americanos e da pressão exercida por Donald Trump para que o bloco corte as importações de GNL de Moscovo. No seu discurso sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou a necessidade de “eliminar mais rapidamente os combustíveis fósseis russos”. A proposta legislativa em cima da mesa visa proibir novos contratos a partir de janeiro de 2026 e contratos de longo prazo até ao final de 2027. No entanto, a medida enfrenta resistência de países como a Áustria, a Hungria e a Eslováquia, que se opõem à proibição devido à sua forte dependência energética de Moscovo.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, chegou a ameaçar vetar novas sanções à Rússia se a UE não alterar as suas políticas climáticas.

Em contraste, o presidente finlandês acusou a Hungria e a Eslováquia de estarem a “alimentar a máquina de guerra russa” ao continuarem a comprar energia a Moscovo.

Dan Jorgensen reconheceu a necessidade de ajuda externa, afirmando: “Para que isso possa acontecer [...] precisamos da ajuda dos nossos amigos americanos. Precisamos de importar mais GNL dos EUA”.