O presidente russo, Vladimir Putin, elevou o tom das ameaças ao Ocidente, declarando que quaisquer tropas estrangeiras enviadas para a Ucrânia, mesmo numa missão de manutenção da paz pós-guerra, seriam consideradas “alvos legítimos”. Esta declaração surge em resposta às discussões de uma “coligação de vontade” europeia sobre o envio de uma força internacional para garantir a segurança de Kiev.\n\nA ameaça de Putin visa diretamente a iniciativa liderada pela França, na qual vinte e seis países se comprometeram a enviar tropas para a Ucrânia “em terra, no mar ou no ar” para fornecer garantias de segurança após um cessar-fogo.
O líder russo foi claro ao afirmar que essas forças seriam consideradas “alvos legítimos para derrotar”, numa das suas declarações mais inflamadas sobre o envolvimento externo no conflito.
Esta posição de Moscovo cria um obstáculo significativo para os planos europeus, que já enfrentam divisões internas.
Grandes potências como a Alemanha, Itália e Polónia já manifestaram que não enviarão tropas, temendo um envolvimento direto num conflito com a Rússia.
A iniciativa europeia carece de pormenores concretos e depende crucialmente do apoio dos Estados Unidos, que se tem mostrado hesitante.
A ameaça explícita de Putin aumenta a sensibilidade da questão, levantando dúvidas sobre se Washington apoiaria militarmente os aliados da NATO caso as suas tropas fossem atacadas em solo ucraniano.
A declaração russa serve, assim, como um forte elemento dissuasor, complicando ainda mais a busca por uma solução de segurança duradoura para a Ucrânia no pós-guerra.
Em resumoVladimir Putin ameaçou atacar quaisquer tropas ocidentais enviadas para a Ucrânia, mesmo em missões de paz, classificando-as como "alvos legítimos". Esta declaração representa um sério revés para os planos de uma coligação europeia que discute garantias de segurança para Kiev, aumentando o risco de um conflito direto com a NATO e aprofundando as divisões entre os aliados ocidentais.