O líder russo foi claro ao afirmar que essas forças seriam consideradas “alvos legítimos para derrotar”, numa das suas declarações mais inflamadas sobre o envolvimento externo no conflito.

Esta posição de Moscovo cria um obstáculo significativo para os planos europeus, que já enfrentam divisões internas.

Grandes potências como a Alemanha, Itália e Polónia já manifestaram que não enviarão tropas, temendo um envolvimento direto num conflito com a Rússia.

A iniciativa europeia carece de pormenores concretos e depende crucialmente do apoio dos Estados Unidos, que se tem mostrado hesitante.

A ameaça explícita de Putin aumenta a sensibilidade da questão, levantando dúvidas sobre se Washington apoiaria militarmente os aliados da NATO caso as suas tropas fossem atacadas em solo ucraniano.

A declaração russa serve, assim, como um forte elemento dissuasor, complicando ainda mais a busca por uma solução de segurança duradoura para a Ucrânia no pós-guerra.