O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou a proposta de Vladimir Putin para uma reunião presencial em Moscovo, afirmando que não pode visitar a “capital de um terrorista” enquanto o seu país é atacado. Em contrapartida, Zelensky propôs que o encontro se realizasse em Kiev, evidenciando o impasse e a desconfiança que marcam as tentativas de negociação.\n\nA proposta de Putin para um encontro em Moscovo surgiu após o Presidente dos EUA, Donald Trump, o ter instado a reunir-se com o seu homólogo ucraniano. Putin afirmou que nunca descartou a possibilidade de um encontro, embora tenha questionado se faria “algum sentido”.
No entanto, para Zelensky, a oferta foi uma tática para “adiar” uma reunião genuína.
“Se alguém não quiser reunir-se, pode propor algo que não seja aceitável para mim”, argumentou o líder ucraniano, que se declarou “pronto” para se encontrar com Putin em “qualquer formato”.
A recusa de Zelensky é categórica: “Não posso ir a Moscovo enquanto o meu país está a ser atacado com mísseis todos os dias”.
A sua contraproposta para que Putin se desloque a Kiev sublinha a sua posição de que qualquer diálogo deve ocorrer em solo ucraniano. Entretanto, o Kremlin declarou que o diálogo direto com a Ucrânia está “em pausa”, reforçando a perceção de que as perspetivas de negociações de paz continuam distantes, apesar das ofertas de mediação de vários países, como a Áustria, o Vaticano, a Suíça e a Turquia.
Em resumoVolodymyr Zelensky rejeitou a proposta de Vladimir Putin para negociações de paz em Moscovo, considerando-a uma tática de adiamento e propondo, em alternativa, um encontro em Kiev. Esta troca de posições, juntamente com a declaração do Kremlin de que o diálogo está "em pausa", ilustra a profunda desconfiança e o impasse que impedem o avanço de uma solução diplomática para a guerra.