Este incidente é visto como o confronto militar mais direto entre forças da Aliança e meios russos desde o início da guerra na Ucrânia. Na madrugada de 10 de setembro, pelo menos 19 drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, um Estado-membro da NATO e da União Europeia. A incursão, descrita pelo primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, como uma "provocação em grande escala", levou à imediata mobilização de caças polacos e de aliados da NATO, incluindo F-35 neerlandeses, que abateram vários dos aparelhos. Tusk afirmou que o país esteve "mais próximo de um conflito aberto do que nunca desde a Segunda Guerra Mundial". Em resposta, a Polónia invocou o Artigo 4.º da NATO, que prevê consultas entre os membros quando a segurança de um deles é ameaçada, e solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

A reação internacional foi unânime na condenação.

A alta-representante da UE, Kaja Kallas, classificou-a como "a mais grave violação do espaço aéreo europeu por parte da Rússia desde o início da guerra", considerando-a "intencional, não foi acidental". Os Estados Unidos, através do seu embaixador na NATO, prometeram "defender cada centímetro do território da Aliança".

Portugal, França, Alemanha e outros países europeus convocaram os embaixadores russos para exigir explicações.

Moscovo negou qualquer intenção de atacar a Polónia, com o Ministério da Defesa a afirmar que "não houve intenção de atacar alvos em território polaco" e a diplomacia russa a acusar Varsóvia de "espalhar mitos" sem provas.