Bucareste convocou o embaixador russo e condenou as "ações irresponsáveis" de Moscovo, que por sua vez negou o envolvimento e acusou Kiev de provocação.
O incidente ocorreu no sábado, 13 de setembro, quando um drone russo, utilizado em ataques a infraestruturas ucranianas perto da fronteira, entrou no espaço aéreo romeno.
A defesa romena enviou dois caças F-16 para intercetar o aparelho.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "o drone avançou cerca de 10 quilómetros no território romeno e operou em espaço aéreo da NATO durante, mais ou menos, 50 minutos".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno manifestou um "veemente protesto" ao embaixador russo, Vladimir Lipayev, e exortou a Rússia a tomar medidas para evitar a repetição da "violação da soberania da Roménia".
A alta-representante da UE, Kaja Kallas, classificou o ato como "inaceitável" e uma "escalada imprudente".
A Rússia, através da sua embaixada em Bucareste, negou qualquer envolvimento, classificando o protesto romeno como "infundado" e atribuindo o incidente a uma "provocação deliberada do regime de Kyiv".
Segundo a diplomacia russa, a acusação tem como objetivo "atrair os países europeus para uma perigosa aventura militar contra a Federação Russa".
Analistas consideram estes eventos como parte de uma "nova face da guerra", a guerra híbrida, destinada a testar as reações da Aliança Atlântica.