As manobras, descritas como as primeiras desta escala desde o início da invasão da Ucrânia, mobilizaram, segundo diferentes fontes, entre 13.000 e 100.000 militares em territórios da Rússia e da Bielorrússia, bem como nos mares Báltico e de Barents. O Kremlin afirmou que os exercícios têm em consideração a "experiência recebida durante a operação militar especial" e visam a defesa da União Estatal Rússia-Bielorrússia.
No entanto, o foco das manobras, que incluem o treino com o míssil hipersónico Oreshnik e a simulação de ataques com armas nucleares contra alvos na Europa, é visto pelo Ocidente como uma clara mensagem ofensiva.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, advertiu que o exercício "não demonstra um compromisso com a contenção e a paz".
Esta perceção é partilhada por analistas militares como o major-general Jorge Saramago, que descreve a operação como uma simulação em que "o alvo é a Polónia".
A demonstração de força, supervisionada pessoalmente por Vladimir Putin, ocorre num momento de máxima tensão, com a Polónia e a Lituânia a enviarem tropas para as suas fronteiras em resposta direta aos exercícios.