As suas recentes declarações revelam uma abordagem ambivalente, oscilando entre a mediação, a crítica aos aliados europeus e uma crescente impaciência com Vladimir Putin. Após a incursão de drones russos na Polónia, Trump sugeriu que o incidente "pode ter sido um erro", uma perspetiva que colidiu frontalmente com a posição dos aliados europeus. A resposta do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, foi inequívoca: "Gostaríamos que o ataque com drones sobre a Polónia tivesse sido um erro, mas não foi.

E nós sabemos disso".

Esta divergência na interpretação de um ato de agressão contra um membro da NATO expôs fissuras na coesão da aliança.

Simultaneamente, Trump admitiu que a sua paciência com o homólogo russo está a "esgotar-se rapidamente", ameaçando com sanções contra os setores bancário e petrolífero da Rússia. No entanto, o Presidente norte-americano também dirige a sua pressão para a Europa, considerando que as sanções europeias "não são suficientemente duras" e exigindo que os parceiros da NATO cessem a compra de petróleo russo. O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, resumiu a frustração de alguns aliados ao afirmar que é tempo de "o Presidente Trump perceber que Putin está a gozar com ele".