Esta medida, que representa uma nova frente na pressão económica sobre Moscovo, gerou fortes ameaças por parte do Kremlin.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou a intenção do bloco de encontrar uma forma de canalizar os rendimentos dos ativos russos congelados, estimados entre 300 e 350 mil milhões de dólares, para a defesa da Ucrânia. O Financial Times noticiou que Bruxelas intensificou o trabalho técnico para viabilizar esta opção, que poderia fornecer uma fonte de financiamento crucial para Kiev num momento em que o custo anual da guerra ascende a mais de 100 mil milhões de euros.
A reação de Moscovo foi imediata e veemente.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, classificou a iniciativa como "um roubo" e ameaçou com retaliação.
Numa mensagem no Telegram, Medvedev avisou que a Rússia irá "atrás dos Estados da UE, bem como dos degenerados de Bruxelas e dos países que tentem apoderar-se da nossa propriedade, até ao fim do século". A ameaça de perseguição "de todas as formas possíveis", incluindo ações "fora" dos tribunais, eleva significativamente os riscos associados a esta medida, colocando a UE perante um dilema complexo entre o apoio financeiro à Ucrânia e as potenciais consequências de uma escalada económica com a Rússia.













