A escalada de provocações russas no flanco oriental da NATO atingiu um novo patamar de tensão. Nas últimas semanas, cerca de 19 drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, um drone sobrevoou a Roménia e, no incidente mais recente e audacioso, três caças MiG-31 russos permaneceram durante 12 minutos no espaço aéreo da Estónia.

As autoridades estónias classificaram a incursão como sendo de uma "ousadia sem precedentes" e parte de uma estratégia mais ampla de Moscovo. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, esta ação "faz parte de um padrão de comportamento mais amplo da Rússia, que visa testar a determinação da Europa e da NATO". A natureza deliberada destes atos é reforçada pela ausência de planos de voo e de comunicação por parte das aeronaves russas.

Em resposta, a NATO e os países afetados mobilizaram caças para intercetar as aeronaves intrusas.

Moscovo, por sua vez, negou consistentemente qualquer violação, alegando que os seus voos decorreram sobre águas neutras e em estrita conformidade com as normas internacionais, apesar das evidências contrárias apresentadas pela Aliança.

Estes incidentes são vistos não como acidentes, mas como testes calculados à prontidão, aos tempos de reação e à coesão política da NATO, aumentando perigosamente o risco de um confronto direto entre a Rússia e um Estado-membro da Aliança.