A medida visa fornecer financiamento crucial a Kiev sem confiscar diretamente os ativos, mas já provocou fortes ameaças de retaliação por parte de Moscovo.
Este instrumento financeiro inovador, defendido pela presidente Ursula von der Leyen, pretende canalizar os rendimentos dos ativos russos imobilizados para apoiar a Ucrânia. O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, esclareceu que a proposta não visa a "apreensão ou confiscação dos ativos soberanos russos", mas sim "usar saldos de caixa que foram acomodados devido ao facto de esses ativos russos estarem imobilizados".
O montante do empréstimo seria calculado com base nas necessidades financeiras da Ucrânia para os próximos dois anos, e Kiev só o pagaria depois de a Rússia pagar as reparações de guerra.
Esta abordagem procura contornar os complexos desafios legais associados ao confisco direto de ativos soberanos.
No entanto, a Rússia reagiu com veemência.
O ex-presidente Dmitry Medvedev considerou a iniciativa "um roubo" e ameaçou que Moscovo irá perseguir os Estados da UE "de todas as formas possíveis", tanto em tribunais como "fora deles".
A proposta abre uma nova frente na guerra económica contra a Rússia, testando os limites do direito internacional e arriscando uma escalada de retaliações financeiras.