A perturbação deliberada dos sistemas de navegação por satélite, através de técnicas de `jamming` (bloqueio) e `spoofing` (emissão de sinais falsos), tornou-se uma ameaça constante na região do Báltico. As interferências são atribuídas a ações coordenadas a partir de três localizações na Rússia: Kaliningrado, Leningrado e Pskov.

O impacto já é sentido na aviação civil, com inúmeros voos afetados, incluindo um que transportava a própria Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia alertou para a gravidade da situação, defendendo uma dissuasão "forte e fiável" e acusando Moscovo de uma atitude perigosa: "A Rússia parece disposta a aceitar a possibilidade de ocorrerem acidentes fatais a qualquer momento".

Para além da aviação, a ameaça estende-se a infraestruturas críticas que dependem da sincronização temporal do GPS, como redes elétricas, sistemas bancários e telecomunicações.

Esta forma de ataque híbrido permite à Rússia criar instabilidade e testar a resiliência europeia, mantendo-se abaixo do limiar de um confronto militar direto, mas com consequências potencialmente devastadoras para a segurança e o quotidiano dos cidadãos.