As novas medidas visam acelerar o fim da dependência do gás russo e fechar lacunas que permitem a Moscovo contornar as restrições financeiras. A Comissão Europeia propôs a eliminação de todas as importações de gás natural liquefeito (GNL) russo até ao final de 2026, um ano antes do previsto.
A medida, que precisa de aprovação unânime dos 27 Estados-membros, enfrenta a provável oposição da Hungria e da Eslováquia, países que ainda dependem significativamente dos combustíveis fósseis russos.
Esta iniciativa surge poucos dias após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter pressionado novamente a Europa a cortar as receitas energéticas de Moscovo.
Além da energia, o pacote de sanções visa, pela primeira vez, as plataformas de criptomoedas, proibindo transações que sirvam para contornar as sanções e canalizar fundos para a Rússia. As restrições serão também alargadas a bancos russos e a empresas europeias que negoceiem com portos estrangeiros utilizados para contornar o teto do preço do petróleo ou para o comércio de tecnologia militar. Outra vertente da proposta é a criação de um “empréstimo de reparações” para a Ucrânia, utilizando os rendimentos gerados pelos ativos soberanos russos congelados na UE. Segundo o comissário Valdis Dombrovskis, a UE não pretende confiscar os ativos, mas sim usar os “saldos de caixa acumulados” para financiar a reconstrução ucraniana, com o empréstimo a ser pago apenas depois de a Rússia pagar as devidas reparações.














