As alegações surgem num momento crítico, a poucos dias das eleições legislativas no país, vistas como decisivas para a sua orientação geopolítica.
Num comunicado oficial, Moscovo afirmou que “os burocratas europeus em Bruxelas estão determinados a manter a Moldova no caminho das suas políticas russofóbicas” e que esse objetivo será alcançado “a qualquer custo, incluindo com o envio de tropas e a ocupação efetiva do país”. O serviço de informações russo alega que unidades militares de países da NATO estão a ser concentradas na Roménia, junto à fronteira moldava, e que a ocupação poderia ser implementada logo após as eleições de 28 de setembro.
Segundo o Kremlin, esta intervenção militar serviria para reprimir a vontade popular, caso os cidadãos saiam à rua para protestar contra uma eventual “falsificação indecorosa dos resultados eleitorais, preparada por Bruxelas e Chisinau”.
As acusações russas coincidem com as denúncias da presidente moldava, a pró-europeia Maia Sandu, que acusou Moscovo de interferir no processo eleitoral, gastando “centenas de milhões de euros” em operações de compra de votos e campanhas de desinformação. Sandu revelou que as autoridades realizaram mais de 250 buscas em todo o país contra suspeitos com ligações ao Kremlin.
Em contrapartida, a oposição pró-russa, liderada por Igor Dodon, rejeitou as acusações, considerando-as “teatro político” e táticas de intimidação por parte do governo.














