Apenas Portugal parece estar, para já, fora do raio de ação destes veículos aéreos não tripulados.
De acordo com a Direção Principal de Inteligência da Ucrânia (HUR), os mais recentes drones Shahed/Geran-2 têm agora um alcance estimado entre 1.100 e 2.500 quilómetros. Esta extensão permite que, a partir de bases de lançamento existentes em Bryansk ou na Crimeia ocupada, a Rússia possa atingir territórios de vários países da NATO.
No limite inferior do seu alcance, os drones poderiam chegar à Escandinávia, aos Países Baixos e a grande parte da Alemanha.
No limite superior, quase toda a Europa, incluindo o Reino Unido, França, Itália e até Madrid, estaria vulnerável.
A publicação ‘Defense Express’ destaca que a criação de novas plataformas de lançamento, por exemplo na Bielorrússia ou no enclave de Kaliningrado, poderia ampliar ainda mais este alcance em poucos meses.
Embora estes números representem alcances máximos e a Rússia utilize frequentemente trajetórias complexas para evadir defesas aéreas, o que encurta a distância efetiva, a ameaça é considerada real.
A análise sublinha que as recentes incursões de drones “Gerbera”, feitos de contraplacado e esferovite, na Polónia expuseram vulnerabilidades nas defesas aéreas da NATO. O custo de abater estes drones é desproporcionalmente elevado: a NATO terá gasto pelo menos 1,2 milhões de euros para derrubar três destes drones sobre a Polónia, utilizando mísseis que custam mais de 400 mil euros cada para destruir alvos que valem apenas alguns milhares.














