Esta escalada de provocações visa testar as defesas e a unidade da NATO e da União Europeia.

Os incidentes abrangeram uma vasta área geográfica, demonstrando uma ação coordenada.

Na Dinamarca, a presença de drones não identificados levou ao encerramento temporário de aeroportos em Copenhaga e Aalborg, com a primeira-ministra, Mette Frederiksen, a classificar os eventos como "ataques híbridos" e a afirmar que "existe um país que representa principalmente uma ameaça à segurança europeia: a Rússia".

A Polónia e a Roménia também reportaram violações dos seus espaços aéreos por drones russos, com Varsóvia a abater alguns dos aparelhos.

O caso mais grave ocorreu na Estónia, onde três caças russos MiG-31 permaneceram em território da NATO durante 12 minutos, uma das mais longas incursões registadas.

Incidentes adicionais foram reportados na Suécia, Noruega, Finlândia e Lituânia, enquanto a Alemanha relatou o sobrevoo de uma fragata sua no Mar Báltico.

Estas ações levaram a Polónia e a Estónia a invocar o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre aliados perante uma ameaça.

A Rússia negou firmemente qualquer envolvimento, com a sua embaixada em Copenhaga a descrever as acusações como uma "provocação orquestrada" e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a considerá-las "infundadas".

Analistas como Sónia Sénica afirmam que estas "ações subversivas advêm de uma guerra híbrida levada a cabo pela Rússia há muitos anos".