Esta ambiguidade aumenta a incerteza sobre o futuro do apoio americano à Ucrânia.

Numa publicação na sua rede social, Trump sugeriu que a Ucrânia, com o apoio da UE e da NATO, poderia reconquistar todo o seu território, descrevendo a Rússia como um "tigre de papel" com uma economia à beira do colapso. Afirmou: "Continuaremos a fornecer armas à NATO para que a NATO faça o que quiser com elas.

Boa sorte a todos!".

No entanto, analistas como Rob Crilly do The Telegraph e Dan Sabbagh do The Guardian interpretam estas palavras como uma forma de Trump "lavar as mãos da guerra na Ucrânia".

A lógica subjacente seria: se a Ucrânia está a ganhar e a Rússia a perder, como afirmam os líderes europeus, então não precisa da ajuda direta dos EUA.

Trump estaria, assim, a passar a responsabilidade para a Europa, mantendo o objetivo de continuar a vender armas aos aliados europeus para que estes financiem o esforço de guerra.

Esta posição surge após Trump ter expressado frustração com Vladimir Putin e ter afirmado, à margem da Assembleia Geral da ONU, que os países da NATO deveriam abater aviões russos que violem o seu espaço aéreo, uma declaração que o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, apoiou, "se necessário".