A gravidade dos incidentes levou a Polónia e a Estónia a invocar o Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte.
O almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone, presidente do Comité Militar da Aliança, afirmou que as incursões soviéticas nos Estados Bálticos em 1939 foram "mais do que uma mera provocação", mas sim "o sinal inicial da determinação de Moscovo em impor a sua vontade". Dragone defendeu que "esse momento deve ressoar profundamente em nós hoje".
Esta analogia histórica sublinha a perceção da NATO de que as ações russas atuais não são acidentes, mas sim testes calculados à segurança e coesão da Aliança. O presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, reforçou esta visão, descrevendo a Rússia como "uma ameaça a longo prazo à segurança euro-atlântica".
Em resposta às violações, que incluíram a permanência de três caças MiG-31 russos por 12 minutos no espaço aéreo estónio, a Polónia e a Estónia solicitaram consultas ao abrigo do Artigo 4.º, que é acionado quando um membro se sente ameaçado.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, abriu a porta ao abate de aeronaves russas "se necessário", embora tenha ressalvado que tal ação seguiria protocolos rigorosos.














