Até agora, a Alemanha mostrava-se cética em relação a esta medida devido a preocupações com as suas implicações legais e o precedente que poderia criar.

No entanto, num artigo publicado no Financial Times, Merz argumentou que a UE deve encontrar um mecanismo legal para mobilizar estes fundos, pois é necessário "aumentar de forma sistemática e maciça os custos da agressão russa" para o Kremlin.

A proposta sugere que a UE conceda um empréstimo sem juros à Ucrânia, garantido pelos ativos congelados, que "só seria reembolsado depois de a Rússia ter compensado a Ucrânia pelos danos causados".

O financiamento seria destinado a equipamento militar e ao reforço da indústria de defesa europeia, e não para cobrir o orçamento geral ucraniano.

Esta reviravolta da maior economia europeia ocorre num momento em que o apoio dos EUA a Kiev se torna mais incerto sob a administração Trump, e a Comissão Europeia já analisa opções para aproveitar os 194 mil milhões de euros em bens russos retidos na Euroclear, na Bélgica.