Nas últimas semanas, países como Polónia, Estónia, Roménia e, mais notavelmente, a Dinamarca, reportaram múltiplas violações do seu espaço aéreo.
Na Dinamarca, a presença de drones não identificados levou ao encerramento temporário de aeroportos importantes, incluindo o de Copenhaga, com a primeira-ministra Mette Frederiksen a afirmar que "existe um país que representa principalmente uma ameaça à segurança europeia: a Rússia".
Embora Moscovo negue veementemente qualquer envolvimento, descrevendo as acusações como uma "provocação orquestrada", as suspeitas intensificaram-se.
As autoridades dinamarquesas investigam a possível ligação de um navio de guerra russo, o Alexander Shabalin, e da chamada "frota fantasma" russa a estes incidentes, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a acusar a Rússia de usar petroleiros como plataformas de lançamento de drones.
A resposta europeia tem sido rápida e multifacetada.
A Alemanha anunciou que irá autorizar as suas forças armadas a abater drones que representem uma ameaça.
A nível comunitário, dez Estados-membros da linha da frente (Bulgária, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia, Dinamarca e Hungria) acordaram avançar com um "muro de drones", um sistema de defesa aérea para detetar e reagir a estas ameaças. O comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, declarou que a resposta deve ser "firme, unida e imediata", com o objetivo de ter o sistema operacional no prazo de um ano. Zelensky propôs a criação de um "escudo para deter as ‘ameaças aéreas’ de Moscovo", oferecendo a experiência da Ucrânia no combate a esta tecnologia.














