Questionado sobre se os países da NATO deveriam abater aeronaves russas que violem o seu espaço aéreo, Donald Trump respondeu com um inequívoco "Sim". Esta posição foi ecoada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que afirmou que tal ação deveria ser tomada "se necessário", alinhando-se com a postura mais dura defendida por Washington.
A Polónia, que recentemente abateu drones russos no seu território, já tinha indicado estar pronta para agir sem hesitação.
Esta retórica mais assertiva contrasta com a de outros líderes europeus, como o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que apelou à contenção para não cair nas "armadilhas" de Putin, defendendo que "a calma não é cobardia nem medo, mas uma responsabilidade para com a paz na Europa".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também adotou uma posição intermédia, defendendo que a NATO deve "subir um nível" na resposta às "provocações", mas sem abrir fogo.
O embaixador russo em França, Alexey Meshkov, reagiu de forma contundente, avisando que o abate de um avião russo significaria "guerra". O Kremlin, através do porta-voz Dmitri Peskov, classificou as declarações sobre o abate de aeronaves como "extremamente irresponsáveis" e as acusações de violações como "infundadas".
A tensão levou a Polónia e a Estónia a invocarem o Artigo 4.º do Tratado da Aliança Atlântica, que prevê consultas entre os membros perante uma ameaça.














