Recentemente, foi noticiado que o grupo Volga-Dnepr irá transferir oito aviões de carga – seis Boeing 737 e dois Boeing 747 – para a companhia aérea estatal Aeroflot. Segundo especialistas citados pelo diário Kommersant, o baixo valor do negócio e o facto de estas aeronaves estarem fora de uso desde 2022 indicam que o seu destino mais provável é serem desmanteladas para fornecer peças para a frota de passageiros da Aeroflot. A reconversão destes aviões para transporte de passageiros é considerada economicamente inviável.
Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia enfrenta grandes dificuldades na manutenção da sua frota aérea, maioritariamente composta por aviões de fabrico ocidental.
As sanções restringem o acesso a peças, manuais de manutenção e software atualizado. Para contornar o problema, a Rússia nacionalizou centenas de aviões de companhias estrangeiras que operavam no país e tem recorrido à importação de componentes através de países terceiros, como uma empresa registada no Gabão. No entanto, a "canibalização" tornou-se uma necessidade para manter as aeronaves em condições de voo. A indústria aeronáutica russa também enfrenta dificuldades na produção de novas aeronaves, com apenas sete aviões fabricados entre o início da guerra e o final de 2024, em comparação com 13 em 2021, devido à concorrência da indústria militar, que tem prioridade no acesso a recursos limitados.













