Para além dos aeroportos civis, foram detetados drones a sobrevoar infraestruturas críticas e instalações militares, como bases aéreas na Dinamarca e estaleiros navais na Alemanha.

Especialistas em segurança, como Hans-Jakob Schindler, consideram que estes voos visam "recolher informações e inteligência" sobre alvos estratégicos e os padrões de reação europeus, representando uma "ameaça a médio e longo prazo". Em resposta, a Alemanha anunciou a intenção de autorizar as suas forças armadas (Bundeswehr) a abater estes dispositivos, uma medida que reflete a crescente preocupação com a vulnerabilidade do espaço aéreo.

A Dinamarca elevou o nível de segurança das suas infraestruturas energéticas e proibiu temporariamente todos os voos de drones civis.

Embora a Rússia negue qualquer envolvimento, com a sua embaixada em Copenhaga a denunciar uma "provocação orquestrada", os líderes europeus, como a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen, apontam Moscovo como a principal ameaça, afirmando que "existe um país que representa principalmente uma ameaça à segurança europeia: a Rússia".