Em resposta direta às crescentes incursões de drones no espaço aéreo europeu, a Comissão Europeia e vários líderes da UE propuseram a criação de um "muro de drones" para proteger o continente. A iniciativa visa desenvolver um sistema de defesa aérea coordenado, capaz de detetar, intercetar e, se necessário, neutralizar aeronaves não tripuladas que representem uma ameaça. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ofereceu a vasta experiência do seu país no combate a drones russos, sugerindo que esta pode ser a base para um futuro escudo de defesa europeu. "A nossa experiência e conhecimento, os nossos especialistas e as nossas tecnologias podem tornar-se um elemento-chave do futuro Muro Europeu contra 'Drones'", afirmou Zelensky, sublinhando que a estratégia de Moscovo é "simples: dividir a Europa".
A proposta recebeu "amplo apoio" entre os líderes europeus reunidos em Copenhaga, que reconheceram a urgência da situação.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, destacou a necessidade de reforçar as capacidades militares no flanco leste, e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, classificou as violações do espaço aéreo como "táticas de guerra híbrida" que "exigem uma reação e uma resposta forte e determinada da Europa".
No entanto, o plano enfrenta desafios, com a Alemanha a manifestar reservas sobre o custo e o prazo de implementação, estimado por alguns entre um e quatro anos.
A discussão também expôs divisões sobre o financiamento, com os países do norte e leste a exigirem maior solidariedade dos parceiros do sul.
Em resumoFace às ameaças de drones atribuídas à Rússia, a UE debate a criação de um 'muro de drones' para defesa coletiva. A proposta, apoiada pela experiência ucraniana, visa unificar a resposta europeia, mas enfrenta obstáculos relacionados com financiamento e divergências estratégicas entre os Estados-membros.