Esta nova fase é caracterizada por "bombardeamentos contínuos contra escolas, hospitais e abrigos".

O alto comissário sublinhou a intensidade dos ataques aéreos russos sobre áreas povoadas, incluindo o maior ataque de todo o conflito, na noite de 6 de setembro, quando a Rússia lançou 810 drones e 13 mísseis.

Volker Turk acusou também as autoridades russas de perpetrarem "violações generalizadas e sistemáticas dos direitos humanos" nos territórios ocupados, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e violência sexual.

Segundo o responsável da ONU, os residentes destas zonas enfrentam uma "pressão crescente" para obter a cidadania russa e aceder a serviços básicos, sob pena de intimidação e deportação.

Além disso, Moscovo está a impor uma educação de cariz patriótico e militar e a intensificar a vigilância, num "esforço deliberado para suprimir a dissidência e a identidade ucraniana".

Turk concluiu com um apelo veemente: "Esta guerra tem de acabar, o custo humano para os civis, para os soldados e para as suas famílias é enorme e devastador".