A proposta, descrita como "bem pensada" pelo primeiro-ministro português Luís Montenegro, enfrenta, no entanto, resistência significativa.

A Bélgica, onde a maior parte dos cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos está depositada na câmara de compensação Euroclear, manifestou fortes preocupações jurídicas e financeiras. O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, questionou a legalidade da medida e alertou para o risco de outros países retirarem as suas reservas da zona euro se perceberem que os seus ativos podem ser confiscados. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, tentou mitigar estas preocupações, sublinhando que "não há apreensão dos ativos" e que os riscos devem ser partilhados por todos os Estados-membros, não apenas pela Bélgica.

O plano prevê que o empréstimo seja reembolsado pela Ucrânia apenas se a Rússia, no final do conflito, pagar as reparações de guerra.

O tema gerou divisões na cimeira de Copenhaga, com a discussão a ser adiada para o final de outubro, embora países como a Finlândia e a Suécia tenham demonstrado forte apoio à medida.