Putin alertou que tal passo representaria uma "nova etapa qualitativamente nova na escalada" do conflito e prejudicaria gravemente as relações entre Moscovo e Washington.

As declarações de Putin surgem após o vice-presidente dos EUA, JD Vance, ter afirmado que Washington está a considerar, pela primeira vez, o envio destes mísseis de longo alcance, que têm capacidade para atingir alvos a 2.500 quilómetros de distância.

O líder do Kremlin reconheceu que os Tomahawks, embora não sejam os mais modernos, são uma arma "potente" que "representa uma ameaça" e pode causar danos à Rússia. Acrescentou que o seu uso exigiria "a participação direta dos militares norte-americanos", o que agravaria ainda mais a situação.

Apesar do aviso, Putin elogiou a postura "franca e direta" de Trump na tentativa de encontrar soluções para a crise ucraniana, descrevendo-o como "um interlocutor à vontade". No entanto, a possibilidade de fornecimento de armamento de longo alcance a Kiev continua a ser uma linha vermelha para Moscovo. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reforçou que tal decisão provocaria uma resposta "apropriada", sublinhando que a contínua partilha de informações de inteligência entre os EUA e a Ucrânia já está a alterar a dinâmica do conflito.