A resposta russa a estes acontecimentos tem sido ambígua e provocadora.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, adotou um tom incendiário, afirmando que os drones devem fazer os europeus "tremerem como animais estúpidos levados ao matadouro" e sentir o "cheiro da guerra".
Em contraste, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou as acusações, considerando-as "sem fundamento".
O próprio Presidente Vladimir Putin ironizou a situação, garantindo que a Rússia não possui drones "capazes de atingir Lisboa" porque "não há alvos lá", classificando a preocupação europeia como uma "histeria" para desviar a atenção de problemas internos. Esta dualidade na comunicação é vista pelos analistas como parte de uma estratégia de pressão psicológica e guerra híbrida, destinada a testar as vulnerabilidades e a coesão da NATO e da União Europeia.
A Alemanha, através do seu chanceler Friedrich Merz, acusou diretamente Moscovo de estar por detrás da maioria dos sobrevoos.
Em resposta, a UE propôs a criação de um "muro de drones" para proteger o continente, uma iniciativa que recebeu o apoio de vários Estados-membros, mas que também expôs divisões sobre a sua implementação e financiamento. A situação é agravada por suspeitas de que um navio da "frota fantasma" russa possa ter operado os drones, reforçando a perceção de uma campanha coordenada de desestabilização.












