Os bombardeamentos visaram infraestruturas críticas, especialmente no setor energético e na região de Lviv, fronteiriça com a Polónia, resultando em vítimas civis e provocando um alerta máximo por parte da NATO.

Numa escalada significativa do conflito, a Rússia desencadeou ataques de grande escala que, segundo o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, envolveram "mais de 50 mísseis e cerca de 500 drones" numa só noite. Um dos alvos principais foi a região de Lviv, que sofreu o maior ataque desde o início da invasão, com cerca de 140 drones e 23 mísseis. A proximidade com a Polónia levou este país e os seus aliados da NATO a ativarem o alerta máximo e os sistemas de defesa.

O bombardeamento em Lviv causou a morte de uma família de quatro pessoas e danos significativos em infraestruturas civis, incluindo mais de 1.000 janelas, uma escola e um jardim de infância. Outras regiões como Zaporizhzhia, Sumy e Chernihiv também foram severamente afetadas, com dezenas de feridos e vastos cortes de energia que deixaram mais de 110.000 consumidores sem eletricidade. O presidente da empresa energética Naftogaz classificou a ofensiva como "o maior ataque maciço à infraestrutura de produção de gás desde o início da guerra".

Em resposta, Zelensky reiterou o seu apelo por mais sistemas de defesa aérea, sublinhando que os drones russos contêm mais de 100.000 componentes estrangeiros, fabricados em países como EUA, China e Alemanha, e que um "cessar-fogo nos céus é possível" com o apoio ocidental.