Estas operações clandestinas visam desestabilizar os países da NATO e minar o apoio à Ucrânia.
Após a expulsão de centenas de agentes que operavam sob cobertura diplomática, os serviços secretos russos adaptaram a sua estratégia, recorrendo ao recrutamento de "agentes descartáveis" através de plataformas como o Telegram e fóruns de imigrantes. Estes indivíduos, muitas vezes motivados por pequenas quantias de dinheiro, são incumbidos de realizar atos de sabotagem. Um caso notório foi o incêndio de um armazém de uma empresa de logística ucraniana em Londres, perpetrado por um grupo liderado pelo cidadão britânico Dylan Earl, que foi recrutado através de um canal ligado ao Grupo Wagner. Investigações revelaram operações semelhantes em Espanha, onde uma célula composta por cidadãos de várias nacionalidades foi desmantelada na Catalunha, suspeita de estar envolvida num incêndio noutro armazém da mesma empresa ucraniana em Fuenlabrada.
A Polónia também descobriu um plano russo para realizar ataques com explosivos escondidos em latas de milho, visando a Polónia, a Lituânia e a Alemanha, com o intuito de culpar a Ucrânia.
Além disso, suspeita-se que Moscovo esteja a utilizar a máfia italiana para trocar armamento novo, sem número de série, por componentes eletrónicos sancionados, como microchips e peças para drones, usando as rotas do narcotráfico.












