O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que a central está desligada da rede há sete dias consecutivos, descrevendo a situação como "crítica" e uma "ameaça para todos".

Segundo Kiev, os ataques russos impedem a reparação das linhas de energia, forçando a central a operar com geradores a diesel de emergência.

Esta é a décima vez que a central perde a ligação à rede externa desde o início da guerra, mas este é "o apagão mais longo e grave", segundo o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), que instou a Rússia a cessar imediatamente as operações militares na área.

A Ucrânia acusa Moscovo de tentar "roubar" a central, ligando-a à rede russa, para o que terá construído 200 quilómetros de linhas de energia.

Em resposta, o Kremlin, através do porta-voz Dmitri Peskov, rejeitou as acusações como "absurdas", afirmando que é Kiev quem ataca constantemente a central que está sob controlo russo.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, confirmou que não há "perigo imediato" enquanto os geradores funcionarem, mas admitiu que a situação "não é sustentável em termos de segurança nuclear".