A decisão, que o Presidente Donald Trump afirma estar perto de tomar, poderia alterar significativamente a dinâmica do conflito. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, intensificou a pressão sobre Washington, chegando a propor a nomeação de Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz caso os mísseis sejam enviados.
Kiev acredita que os Tomahawks, com um alcance de até 1.500 quilómetros, permitiriam atingir alvos estratégicos "até à Sibéria", podendo "sobressaltar um pouco os russos, levando-os à mesa das negociações".
Trump declarou publicamente que já "tomou praticamente uma decisão", embora queira saber "exatamente como serão utilizados" para evitar uma escalada.
A reação de Moscovo foi imediata e veemente.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, alertou que tal decisão levaria a "uma nova e séria etapa de escalada" e causaria "danos irreparáveis às relações russo-americanas". O Presidente Vladimir Putin reforçou a advertência, afirmando que o fornecimento desta arma potente "marcará uma nova etapa qualitativamente nova na escalada" e que a sua utilização seria "impossível sem a participação direta de militares norte-americanos". O vice-ministro Serguei Riabkov também classificou a potencial entrega como uma "mudança significativa, poder-se-ia até dizer qualitativa, na situação", reforçando a ideia de que a Rússia considera o fornecimento de armamento de longo alcance uma "linha vermelha".












