Esta "guerra sombra" visa desestabilizar nações da NATO e contornar as sanções, trocando armas por tecnologia sensível.
Após a expulsão de centenas de agentes que operavam sob cobertura diplomática, os serviços secretos russos, nomeadamente o GRU, terão adaptado as suas táticas.
O recrutamento é agora feito em canais do Telegram, muitos ligados ao Grupo Wagner, e outros fóruns online, onde são oferecidos pagamentos em criptomoeda por tarefas que vão desde a pintura de grafitis a atos de sabotagem mais complexos, como incêndios.
Os recrutas são considerados "descartáveis", minimizando o risco para Moscovo.
Exemplos concretos incluem o incêndio de armazéns de uma empresa de logística ucraniana em Londres e em Fuenlabrada, Espanha. Uma célula composta por cidadãos de várias nacionalidades foi desmantelada na Catalunha, suspeita de operar em múltiplos países europeus.
Outra vertente desta estratégia, segundo investigadores italianos, envolve a máfia.
Suspeita-se que armas novas, sem número de série e provenientes de fábricas estatais russas, estejam a ser trocadas por componentes eletrónicos sancionados, como microchips e peças para drones.
Estas trocas utilizariam rotas do narcotráfico e portos controlados por organizações como a 'Ndrangheta, estabelecendo uma relação simbiótica entre o Estado russo e o crime organizado europeu para financiar a guerra e acumular arsenais em território da NATO.











