A proposta, integrada no 19.º pacote de sanções contra a Rússia, abrangeria todos os funcionários das missões diplomáticas e consulares russas, bem como os seus familiares.

Se aprovada por unanimidade pelos 27 Estados-membros, estes indivíduos seriam obrigados a notificar com, pelo menos, 24 horas de antecedência qualquer deslocação para um Estado-membro diferente daquele onde estão acreditados.

O país de destino teria então a prerrogativa de autorizar ou recusar a entrada. O Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), que apresentou a proposta, justifica a medida afirmando que diplomatas russos estão "frequentemente envolvidos em atividades que contribuem para a agressão da Rússia contra a Ucrânia", nomeadamente através da "disseminação da narrativa russa" e da facilitação de "operações coordenadas de manipulação informativa". Bruxelas argumenta que a restrição não viola a Convenção de Viena de 1961, uma vez que não limita os movimentos dentro do país de acreditação. A República Checa tem sido uma das principais vozes a favor de medidas mais rigorosas, tendo já implementado uma proibição de entrada a diplomatas russos sem acreditação emitida por Praga, devido ao aumento de "operações de sabotagem".