Esta campanha coordenada visa paralisar a rede elétrica do país à medida que o inverno se aproxima, gerando uma crise humanitária e enfraquecendo a capacidade de defesa ucraniana.

Nas últimas semanas, a ofensiva russa atingiu uma escala sem precedentes, com o Presidente Volodymyr Zelensky a denunciar o uso de "mais de 3.100 'drones', 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras" numa única semana. Os ataques, descritos como "ignóbeis", visam sistematicamente instalações de produção e distribuição de eletricidade e gás em múltiplas regiões, incluindo Kiev, Odessa, Donetsk, Chernihiv, Zaporíjia e Dnipropetrovsk, provocando apagões generalizados que afetaram centenas de milhares de pessoas. A estratégia parece ser uma repetição da campanha de inverno de 2024, mas com maior intensidade, procurando minar o moral da população e paralisar a produção militar ucraniana.

Em resposta, Kiev tem feito apelos urgentes aos seus aliados ocidentais.

Zelensky informou ter discutido com o Presidente francês, Emmanuel Macron, as "necessidades prioritárias" da Ucrânia, focadas em "sistemas de defesa antiaérea e mísseis".

O líder ucraniano acusou a Rússia de se aproveitar da atenção internacional estar focada noutras crises, como a do Médio Oriente.

Por seu lado, o Ministério da Defesa russo afirmou que os ataques visam instalações energéticas que abastecem as forças armadas ucranianas, utilizando armamento avançado como mísseis hipersónicos Kinzhal.

Apesar dos danos significativos, as empresas de energia ucranianas, como a DTEK, trabalham continuamente para restaurar o fornecimento, num esforço constante para mitigar o impacto sobre a população civil.