Estes incidentes visam testar as defesas europeias, semear a instabilidade e enfraquecer o apoio do bloco à Ucrânia.
Num discurso no Parlamento Europeu, von der Leyen afirmou que "algo novo e perigoso está a acontecer nos nossos céus", listando incidentes recentes em que caças russos violaram o espaço aéreo da Estónia e drones sobrevoaram locais críticos na Bélgica, Polónia, Roménia, Dinamarca e Alemanha.
A líder europeia classificou estas ações não como "assédio aleatório", mas como uma "campanha coerente e crescente para perturbar os nossos cidadãos, testar a nossa determinação, dividir a nossa União e enfraquecer o nosso apoio à Ucrânia".
A estratégia russa opera numa "zona cinzenta" que permite uma "negação plausível", dificultando uma resposta direta.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, corroborou esta visão, afirmando que a Alemanha suspeita que a Rússia "está por trás" da maioria dos sobrevoos.
Em contraste, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou as acusações como infundadas.
A retórica russa tem sido ambígua e provocadora, com figuras como Dmitry Medvedev a declarar que os drones devem fazer os europeus "tremerem como animais estúpidos levados ao matadouro".
Em resposta, a UE está a preparar medidas como a criação de um "muro de drones" no flanco leste e a Alemanha planeia autorizar a sua polícia a abater drones que representem uma ameaça. Von der Leyen instou a uma resposta firme: "Temos de investigar todos os incidentes e não devemos ter receio de atribuir responsabilidades porque cada centímetro quadrado do nosso território deve ser protegido".














