O exercício, descrito como uma atividade de rotina, decorrerá durante duas semanas e será liderado pelos Países Baixos, com operações a partir de bases na Bélgica, Reino Unido e Dinamarca, bem como sobre o Mar do Norte.

O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, enfatizou a importância da manobra, afirmando que esta "envia um sinal claro a qualquer adversário em potencial de que iremos e podemos proteger e defender todos os aliados contra todas as ameaças". As autoridades da Aliança sublinham que o exercício não utiliza armas nucleares reais, mas sim cenários que testam os procedimentos para o seu potencial uso, garantindo que a dissuasão nuclear da NATO permaneça "o mais fiável, segura e eficaz possível".

A realização do "Steadfast Noon" adquire uma relevância particular no atual contexto de segurança europeu.

Desde a invasão da Ucrânia em 2022, a Rússia tem recorrido frequentemente a uma retórica nuclear, alertando para os perigos de um confronto direto com a NATO. Embora as tensões tenham diminuído ligeiramente nas últimas semanas, com uma proposta de Putin para estender o tratado de desarmamento New START, o exercício serve como uma demonstração visível da coesão e capacidade nuclear da Aliança. A manobra ocorre também num momento de crescente atividade de drones russos e não identificados sobre o espaço aéreo de vários países da NATO, contribuindo para um clima de vigilância acrescida.