Esta nova frente de ataque visa fragilizar a economia de guerra russa e levar o conflito para o quotidiano dos cidadãos russos.

Desde o verão, Kiev tem vindo a realizar ataques cada vez mais profundos em território russo, atingindo alvos a mais de 2.000 quilómetros da fronteira. Um dos ataques mais recentes, que coincidiu com o aniversário de Vladimir Putin, visou a cidade de Tiumen, na Sibéria. Esta ofensiva está a ter um impacto significativo na capacidade de refinação da Rússia, com relatórios a indicarem que cerca de 40% da capacidade do país foi afetada, resultando em escassez de combustível e aumento de preços em várias regiões. Esta mudança tática foi possível graças ao desenvolvimento de uma nova geração de armas de fabrico ucraniano, incluindo drones de longo alcance e versões aperfeiçoadas de mísseis como o Neptune, bem como o novo míssil FP-5 Flamenco. Este avanço tecnológico confere a Kiev uma maior autonomia estratégica, reduzindo a sua dependência de armamento ocidental para ataques em profundidade.

No entanto, a Ucrânia continua a solicitar aos EUA mísseis Tomahawk, indicando que o seu arsenal próprio ainda enfrenta limitações.

O Presidente Zelensky chegou a afirmar que nomearia Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz se Washington fornecesse os mísseis.

A Rússia reagiu com veemência, com a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, a alertar que tal decisão representaria uma "nova e séria etapa de escalada".